Embora ainda não tenha sido definido, o futuro partidário de Jair Bolsonaro divide parlamentares que o apoiam e pode fazer com que nem todos caminhem para uma mesma sigla. O mandatário está entre PP e PL, principalmente. Por questões regionais, porém, seus aliados se dividem na defesa de um ou de outro. Na Bahia a história se repete. As opções são discutidas sempre com um olho em Brasília.
O ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho), deputado licenciado pelo DEM do Rio Grande do Sul, por exemplo, tem dito que prefere o PL. Outros, embora digam que vão seguir o destino de Bolsonaro, têm preferência por uma terceira sigla.
“Eu sigo o presidente para onde for, mas, caso ele libere, para mim o PSC é a melhor posição”, afirmou o deputado Bibo Nunes (PSL-RS) ao jornal Folha de S. Paulo.
Na Bahia, a história não é diferente. Com muita resistência dos bolsonaristas em permanecer no PSL, que no estado é comandando pela deputada federal e ex-apoiadora do presidente, Dayane Pimentel, as opções seriam o PTB e o PSC.
Os que estavam caminhando para filiação ao Partido Trabalhista Brasileiro tiveram como surpresa um suposto entrave entre o presidente nacional do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, que fez uma carta direto da prisão onde está instalado em Bangu 8 criticando atitudes de Bolsonaro. Não se sabe até que ponto esta atitude de Jefferson pode pesar.
Já o PSC, pelo menos na Bahia, aparece como uma das opções mais viáveis no momento. Inclusive, alguns nomes bolsonaristas já anunciaram filiação ao partido, a exemplo do ex-vereador Cezar Leite, que concorreu à Prefeitura de Salvador em 2020 e deve sair candidato a deputado estadual.
O PP, que ainda sonha com a filiação do presidente, tem a resistência de apoiadores do presidente da República aqui no Estado. O motivo: João Leão, vice-governador da Bahia e vice-presidente nacional do partido que, há tempos, apoio o Governo do Estado, comandado pelo PT há 15 anos.
Certo mesmo é que dificilmente todos os bolsonaristas consigam se instalar em um mesmo partido, como aconteceu em suma maioria em 2018, no PSL. PP, PTB, PL e PSC e o próprio União Brasil devem abrigar apoiadores do presidente na Bahia.
Com informações da Folhapress