Ministra do núcleo ideológico no governo, Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) entrou nos planos do Palácio do Planalto para aumentar a representação bolsonarista no Senado.
Ainda resta indefinido, porém, o estado onde a ministra vai lançar sua candidatura. Bolsonaro a convidou para tentar se eleger por São Paulo, mas aliados relatam problemas na composição de chapas. A outra alternativa seria o Amapá, em uma grande articulação dos evangélicos para dar o prometido troco no senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O parlamentar trabalhou contra a aprovação de André Mendonça, ex-advogado-geral da União, para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), e acabou derrotado.
Mendonça foi indicado à vaga na corte, e Alcolumbre recebeu em troca uma promessa de evangélicos de que dificultariam sua eleição no estado. O senador deverá tentar mais um mandato de oito anos nesta eleição.
Aliados dizem que Damares está muito entusiasmada com a possibilidade de disputar a eleição, mas segue a indefinição sobre o estado em que disputaria a vaga –nas eleições de 2022, haverá apenas uma vaga de senador por estado.
Está em aberto também o partido ao qual ela se filiaria. Damares estava em conversas avançadas com o Republicanos. Mas o PP depois passou a cortejá-la. Segundo integrantes desses partidos, porém, a ministra oscila muito em relação à pretensão política e à legenda à qual pretende se filiar.
Na semana passada, em entrevista ao bispo Fábio Sousa (PSDB-GO), a ministra disse que ficou impressionada com a receptividade que Bolsonaro teve em uma viagem ao Amapá e que viu imagens de pessoas que viajaram para ver o presidente.
“Quando eu vi aquelas imagens, eu escrevi: ‘Agora eu sei qual é o estado que serei senadora’. Mas era brincadeira”¦ Pegaram como uma verdade e me lançaram como candidata. E vou dizer para você que estou gostando dessa ideia”, afirmou Damares.
Com informações da Folhapress